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Cálculo de frete: como é cobrada a taxa de dificuldade de entrega (TDE)

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TDE

Nem sempre a cobrança do valor de frete envolve as variáveis comuns (distância, peso, cubagem etc.). Existe também a incidência de algumas taxas — chamadas de generalidades — que as transportadoras usam para cobrir algum custo adicional na operação. É o caso da Taxa de Dificuldade de Entrega (TDE).

Neste artigo explicaremos por que ela é cobrada, e como é feito o cálculo de frete e a sua negociação.

O que é a taxa de dificuldade de entrega (TDE)?

A finalidade de incluir uma taxa é cobrir riscos anormais, tributos específicos, serviços de documentação e outras questões necessárias para o transporte e que não estão incluídas no frete. Como as características dessas generalidades são distintas e elas nem sempre se encaixam em determinada entrega, a solução encontrada foi criar uma contribuição, que é acrescida ao valor do frete.

A taxa de dificuldade de entrega trata da cobrança feita nos casos em que a transportadora tem um custo adicional sempre que a entrega é dificultada, como:

  • recusa da mão de obra por parte do cliente;
  • solicitação de agendamento;
  • condição de recebimento por ordem de chegada;
  • processo de descarga ineficiente (gerando longos períodos de espera);
  • exigência, por parte do cliente, de separação de produtos no recebimento;
  • exigência de mão de obra extra para realizar carga e descarga;
  • outras questões contratuais que elevam o custo operacional da transportadora.

Por que existe a TDE?

Como existem muitas questões imprevisíveis durante uma operação — principalmente o tempo total que o veículo ficará retido em decorrência de determinada entrega (casos de atraso são comuns) —, podem haver situações em que a transportadora sofra prejuízos arcando com um custo maior do que o planejado.

Para não correr esse risco e ter a saúde financeira prejudicada, os fornecedores de transporte contornam o problema com a cobrança da TDE. Sendo assim, podemos dizer que essa é uma maneira de tornar o frete mais justo.

Dessa forma, quando os clientes apresentarem problemas recorrentes na entrega e na descarga, passam a ser enquadrados nas “situações especiais”. Nesses casos, sempre que existirem envios para esses locais, já se sabe que isso implica em uma cobrança adicional para o embarcador.

Não é possível prever quanto tempo o caminhão pode ficar parado no pátio, pois isso depende muito da demanda e do fluxo de recebimento do cliente. O fato é que a estrutura de recebimento é fator decisivo nessa espera, na qualidade do trabalho do transportador e nos custos para o embarcador.

Como é calculada a taxa de dificuldade de entrega?

Não é possível definir um percentual fixo para a cobrança, visto que ela fica a cargo da negociação com a transportadora e é estabelecida por contrato. Como regra geral, adota-se um piso de 20% sobre o frete ou um valor mínimo de R$ 20 — por indicação da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística).

Exemplo de cálculo:

Para explicarmos como funciona na prática, vamos usar um exemplo de um transporte que custa R$ 80. Considerando o percentual de 20%, temos:

R$ 80
(frete)
×20%
(TDE)
=R$ 16
(cobrança adicional)

No entanto, como o valor mínimo é de R$ 20, nesse caso o valor total do frete para o embarcador custaria:

R$ 80
(frete)
+R$ 20
(valor mínimo TDE)
 =R$ 100
(valor total do frete)

Vale lembrar que a taxa independe da carga ser fracionada ou completa. Além disso, ela também não exclui a cobrança de um adicional por hora parada ou diária do caminhão, uma vez que elas têm finalidades distintas.

Como a TDE pode ser negociada?

Dificilmente a TDE deixará de ser cobrada quando ocorrerem as situações que foram citadas. O que se pode fazer é tentar negociar um percentual menor com a transportadora ou mesmo tentar melhorar o processo de recebimento com os clientes — o que é ainda mais improvável.

Nesses casos, o melhor a se fazer é acompanhar os casos em que a taxa é adicionada e incluí-la na previsão de gastos. Uma boa alternativa é repassar os custos para os compradores quando o contrato prever o frete FOB — quer seja ele detalhado na fatura ou informado de maneira integral.

Para que o controle da empresa seja eficiente em relação a esses dispêndios, é essencial contar com a ajuda de um TMS. Por meio dele, além de ter o cadastro de tabela de frete, pode-se cadastrar uma tabela adicional, incluindo os dados dos clientes que sofrerão a incidência da taxa. Com isso, fica mais fácil fazer o monitoramento dos gastos e elaborar uma previsão mais precisa para cada mês.

Quais são as outras taxas incidentes no transporte
rodoviário de cargas?

Além da TDE, existem outras situações que demandam o acréscimo de taxas para cobrir despesas adicionais da transportadora.

Taxa de dificuldade de acesso (TDA)

Ocorre quando o endereço de entrega fica em locais com difícil acesso. Exemplos claros disso são clientes localizados em comunidades ou em regiões muito afastadas no interior.

Taxa de restrição de trânsito (TRT)

É cobrada em decorrência ao fluxo intenso do trânsito em determinados locais e horários. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro já adotaram a restrição de circulação de veículos em alguns turnos.

Taxa de paletização

Costuma ser cobrada quando o cliente demanda a paletização da carga e ela não é preparada na expedição para isso.

Taxa de devolução

Ocorre quando, por algum motivo, o cliente não aceita receber a carga e devolve para o embarcador.

Taxa de armazenamento

Se o cliente solicita a devolução mas a carga não volta para o embarcador e a transportadora precisa usar suas dependências, é cobrada a taxa de armazenamento.

Taxa de carga e descarga

É cobrada quando existe demora para carregar ou descarregar o veículo.

Taxa de agendamento

Alguns clientes só aceitam receber mercadorias mediante agendamento prévio. Nesses casos, a transportadora faz a cobrança da taxa para cobrir os custos adicionais para adequar a operação a essa exigência.

A taxa de dificuldade de entrega (TDE) é bem comum e muito utilizada pelas transportadoras no cálculo de frete. Os embarcadores precisam ter ciência das restrições e exigências feitas pelos seus clientes e que isso vai gerar um frete mais caro do que o esperado.

Como você viu, o TMS é uma ótima ferramenta para gerenciar os processos logísticos da empresa, desde calcular o frete no momento do checkout até a entrega ao cliente final. As soluções da Intelipost auxiliam na entrega perfeita, além de reduzir custos, escalar vendas e melhorar a experiência do consumidor. Converse com um especialista agora mesmo e saiba mais sobre o TMS da Intelipost.

Agora que você já sabe tudo sobre as taxas de transporte, aproveite para entender melhor o Ad Valorem e como ele é calculado.

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