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E-commerce na China: o que podemos aprender e aplicar no Brasil?

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E-commerce na China

O e-commerce na China se tornou a principal referência de vendas online para todo o mundo. Especialmente desde o início da pandemia de COVID-19, a experiência foi o grande diferencial no momento quando as empresas e os consumidores enfrentavam um cenário de incertezas em relação à saúde e a economia a nível global.

A combinação entre atender às necessidades do público, investir em novas tecnologias e uma logística eficiente permitiu a adoção de soluções que tornam, por exemplo, as entregas de produtos comprados na China mais rápidas no Brasil. Tudo isso faz muita diferença na decisão do público e merece atenção.

Funcionamento do e-commerce na China

O papel da China na economia mundial cresce cada vez mais por conta do seu e-commerce. Hoje em dia, acabou aquela história de que os produtos produzidos por lá são apenas falsificações com durabilidade curta. Nas últimas décadas, o mercado chinês ganhou respeito por seu modelo de negócio, comprometimento com a produtividade e inovações que se tornaram inspirações para o mundo todo.

O grande destaque são os marketplaces asiáticos, que representam uma verdadeira febre entre os consumidores. Ao chegarem no Brasil, despertaram o interesse pelo valor abaixo do cobrado em território nacional e a ampla variedade de itens.
Na verdade, outro ponto decisivo no sucesso é que esse formato de vendas é muito estruturado na China.

Desde 2003, após a pandemia do Sars, o país cresceu significativamente nas vendas online. A mudança de comportamento do consumidor passou por uma fase de adaptação, que precisou reestruturar a experiência online com mais agilidade, uma oferta maior de produtos, bons preços e assistência aos vendedores.

Sistema de pagamentos

A segurança dos pagamentos é um dos fatores que chamam a atenção pela eficiência. Em 2018, o mercado de e-commerce movimentou mais de US$1.94 trilhão e a China se tornou o líder absoluto do varejo eletrônico no mundo. Além disso, seus números são três vezes maiores que os dos Estados Unidos, que estão em segundo lugar.

Entre os gigantes do setor estão o grupo Alibaba, AliExpress, JD.com e a Shopee. O sistema de pagamentos usado na China direciona o tráfego por meio de mecanismos que fazem pesquisas, como o Baidu, e plataformas sociais, com destaque para o WeChat. Essa medida atende às necessidades dos clientes locais, para que a logística seja facilitada.

Já o ecossistema de tráfego privado costuma ser muito diferente por contar com mini programas e aplicativos dominando o mercado, mesmo onde o site não tem tanta relevância. No entanto, nos últimos meses, o omnichannel se transformou em uma grande cartada para melhorar a experiência do consumidor em diferentes níveis.

Single’s Day (Dia dos Solteiros)

Em 11 de novembro de 2009, a China criou o primeiro Single’s Day (Dia dos Solteiros) e a comemoração se tornou o maior evento direcionado, não apenas para o e-commerce na china, mas para compra em todo o mundo. A ideia foi desenvolvida pela gigante Alibaba e, nos últimos anos, também foi um sucesso nos sites com operação no Brasil.

O valor de transações, em 2020, por exemplo, foi de US$74 bilhões em apenas um dia de compras na China. A data também ficou conhecida como 11/11 ou “Double Eleven” e costuma vender em um dia mais que países inteiros. Apesar de ter passado por algumas adaptações por conta da pandemia, a última edição foi extremamente produtiva.

As vendas praticamente dobraram em relação a 2019 e representaram um grande avanço na recuperação do varejo chinês, que sofria com os impactos do isolamento e da paralisação das importações. Outro ponto de destaque é que a própria Black Friday americana, que se espalhou por outros países com sucesso, obteve cerca US$20 bilhões de transações em 2019.

Entrega expressa

A entrega expressa já é uma realidade na China. O ponto alto é que o país é o grande ditador de tendências tecnológicas do varejo. Com isso, se tornou interessante avaliar o uso de drones para fazer as entregas, por exemplo. A ideia gira em torno de ir muito além da entrega rápida e criar toda uma dinâmica com estrutura completa para facilitar essas operações.

Ao usar as tecnologias avançadas que o varejo asiático tem acesso, o processo inclui também uma rede de aviões autônomos com asa fixa. A decolagem acontece de pequenos aeroportos e postos de aterrissagem, com a intenção de transportar cargas a granel na troca entre os armazéns. Além do alto custo, os desafios envolvidos nesse tipo de evolução incluem o desembaraço com os órgãos reguladores, a segurança dos produtos no transporte e a quantidade enviada em cada remessa.

O AliExpress também adotou soluções para agilizar as entregas em parceria com outras empresas e contratou voos semanais. Essa solução foi uma forma de reduzir os impactos da pandemia no varejo e adiantar a entrega de encomendas feitas para consumidores no Brasil.

Interesse dos consumidores no Brasil

O mercado chinês é muito mais maduro que o brasileiro quando se trata de e-commerce. Um dado interessante é que, no Brasil, o comércio eletrônico representou apenas 5% do varejo total, em 2019. Já na China, esse número é de 30% e faz com que as plataformas asiáticas se transformem em grandes players também para o consumidor brasileiro.

Como citamos, a experiência do cliente é o que chama muita atenção na venda dos e-commerces asiáticos. Existem alguns fatores que fazem a diferença nesse caso. Entre os principais estão a interferência direta nos mecanismos de buscas, as mídias sociais (como o Tik Tok), conteúdos de vídeo online, que geram muito tráfego, e mapa/navegação, que permitem encontrar lojas offline por meio de aplicativos.

O que podemos aplicar no Brasil a partir do que vemos no e-commerce na China?

O principal destaque do varejo chinês está, justamente, na integração da experiência online com a offline. Um bom exemplo disso está nas promoções em tempo real — que acontecem conforme o consumidor chega perto de uma loja — ou nas transmissões de influenciadores que estão dentro das lojas usando os produtos enquanto são divulgados.

Outra questão muito interessante está no uso da quantidade de dados dos usuários em conjunto com outras plataformas. Com isso, fica muito mais simples oferecer o produto certo para o cliente certo e no momento exato no qual ele o procura. E grande parte disso com o uso de big data e inteligência artificial.

Com tudo isso que foi apresentado, fica evidente a potência do e-commerce na China. Identificando os seus pontos fortes e estratégias de valor, é possível pensar o que podemos aprender com eles, pensando nas necessidades de adaptação para a realidade do varejo brasileiro conforme o potencial de investimento.

Dessa maneira, fica mais simples compreender as necessidades do público local e apostar em novas tecnologias que estejam de acordo com o que a sua empresa precisa, com flexibilidade e escalabilidade.

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