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Miniguia sobre roteirização para uma operação logística de sucesso

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A logística de um e-commerce é complexa e tem atributos diferentes de um sistema tradicional. O crescimento e a popularização do comércio eletrônico impulsionaram o setor, exigindo estratégias de envio mais eficientes e rápidas. Nesse contexto, a roteirização acaba sendo uma prática indispensável para o sucesso.

Uma das principais demandas da cadeia de distribuição de uma loja virtual é a necessidade de monitoramento em tempo real, tanto no sentido da gestão de dados quanto de processos. Como um dos fatores característicos do e-commerce é a questão da entrega fracionada e pulverizada, coordenar informações e fretes simultâneos é um grande desafio.

Por isso, tecnologias de roteirização colaboram com a gestão e podem ser cruciais para os resultados — sobretudo para a satisfação do cliente —, uma vez que é capaz de otimizar o gerenciamento das operações de transporte, trazendo dinamismo, controle e organização.

O que é roteirização e para que serve?

A roteirização inteligente de um e-commerce é um recurso tecnológico fundamental para que uma empresa estabeleça um padrão sistemático, organizado e eficaz de entregas. Trata-se de uma solução integrada que gera uma sequência otimizada das entregas a partir da criação da melhor rota possível dentro de critérios pré-determinados, para que o serviço de transporte seja cumprido.

Nesse ponto, é importante notar que o itinerário ideal é definido de acordo com parâmetros que fazem sentido para o negócio. Por exemplo, é possível programar a ferramenta — que vai utilizar algoritmos e dados estatísticos “imputados” — para descobrir qual é o caminho mais rápido, curto ou barato.

Para um e-commerce, um software de roteirização é essencial, pois sua função prática é programar todas as diferentes encomendas que a loja precisa enviar e traçar a melhor rota possível. Logo, essa solução é útil uma vez que ajuda a empresa na redução de custos, economia de tempo e no controle de toda a operação.

Tipos de Roteirização

Basicamente, a roteirização pode ser aplicada em empresas e entendida de duas formas distintas.

Roteirização estática

É o modelo mais comum, que acontece quando é feito um planejamento prévio das rotas de acordo com os critérios estabelecidos pelo negócio. Os veículos partem do depósito ou dos centros de distribuição com trajetórias e paradas predefinidas pelo sistema. Nesse caso, qualquer tipo de alteração ou correção não é contemplado e fica fora da programação.

Roteirização dinâmica

É usada para lidar justamente com as ocorrências que não são atendidas pelos roteiros programados. Assim, é utilizada para abranger tarefas em excesso ou ajustes, que são transferidas para um veículo auxiliar.

Fluxo básico de roteirização

Em linhas gerais, a cadeia de processos da roteirização opera da seguinte forma:

  1. o setor responsável pela distribuição no e-commerce recebe os pedidos, que são separados e avaliados de acordo com destino, prazo etc.;
  2. uma vez analisados, são criadas rotas para atender aos pedidos;
  3. antes de partir, os itinerários gerados podem ser reavaliados. Caso exista alguma necessidade de ajuste, correções são feitas antes que a rota seja enviada ao motorista;
  4. nesse momento, é observado, por exemplo, se há algum pedido órfão. Caso exista, ele é alocado em algum dos caminhos traçados.

Características da rota

Conforme adiantamos no início, uma rota pode ser traçada levando em consideração uma série de aspectos, que são definidos segundo o que é mais relevante para o negócio. Alguns deles são:

  • trânsito;
  • distância;
  • quantidade (ou presença) de pedágios;
  • restrições de altura;
  • condições das estradas;
  • índice de ocorrência (acidentes, assaltos etc.) no local, segurança;
  • tipo de veículo usado.

Características da entrega

As peculiaridades de cada entrega também afetam no processo de roteirização. Dessa forma, é preciso observar:

  • especificidades do cliente;
  • horários de trabalho dos motoristas e demais colaboradores;
  • natureza da carga;
  • taxa mínima de ocupação;
  • tipo de veículo;
  • janela de atendimento.

Técnicas de roteirização

São muitas as técnicas de roteirização que podem ser adotadas por um e-commerce. Aqui, destacamos duas das principais delas.

Varredura

A adoção desse método é oportuna para casos em que exista um número grande de entregas a ser feito em um tempo curto — ou diante de algum outro tipo de restrição geográfica ou de horário, por exemplo. Logo, a empresa precisa ganhar velocidade na hora de carregar e expedir veículos.

Para tal, em um primeiro momento, pedidos são agrupados de acordo com um parâmetro, por exemplo, o de proximidade. Depois de formado, cada grupo é tratado de forma independente, seguindo a sequência lógica estruturada pelo software de roteirização.

Caixeiro Viajante

A técnica de Caixeiro Viajante é simples. Ela consiste na procura da rota mais interessante que interligue um conjunto de destinos. A ideia, então, é partir de um ponto e perpassar os demais de uma única vez para depois retornar ao local de partida.

Estratégias de roteirização

Além das diferentes técnicas, é possível organizar um esquema de roteirização com base em duas estratégias distintas:

Rotas fixas

Acontece quando a empresa agrupa um número de bairros, CEPs ou regiões de uma cidade para serem atendidos de uma vez por um ou mais motoristas.

Multi Rotas

Já na abordagem Multi Rotas, são gerados diferentes caminhos para lidar com demandas que têm particularidades semelhantes. Essa estratégia funciona em sinergia com a técnica de varredura.

Restrições na realização de roteirização

Como vimos, a roteirização é benéfica em diversos sentidos para as empresas, sendo imprescindível para a eficácia das entregas no comércio eletrônico. Contudo, existem fatores que limitam sua operação.

Tamanho e tipo da frota

Roteirizar frotas pequenas quando se tem um alto volume de entregas em diferentes regiões é um desafio. Da mesma forma, contar com veículos de grande porte mas em menor quantidade também é uma dificuldade: por mais que seja possível alocar todos os pedidos em um mesmo automóvel, ele precisará circular mais vezes para cumprir o serviço.

Garagem dos veículos

Ter um conjunto de veículos homogêneos instalados em uma só garagem em uma área geográfica limita a disponibilidade e a flexibilidade das entregas.

Origem e localização da demanda

A grande complexidade da logística do comércio virtual é consolidar pedidos de diferentes partes do país. Desse modo, um obstáculo para a roteirização é gerar boas rotas para entregas que partem de determinados centros de distribuição para origens distintas.

Capacidade dos veículos

Pensar na capacidade dos veículos e o quanto cada um poderá carregar são aspectos importantes para a roteirização, pois, dependendo do tamanho e da quantidade das encomendas, carros de diferentes capacidades são necessários para desenhar a melhor rota.

Com o avanço da tecnologia, a roteirização automatizada se tornou uma das etapas cruciais para uma distribuição eficiente, econômica e bem-sucedida. Nesse cenário, vale lembrar que uma ferramenta que alinha todos os processos logísticos é o TMS (Sistema de Gerenciamento de Transporte), já que ele integra todo o fluxo, o embarque de pedidos, a criação de rotas, o monitoramento de rotas e entregas, entre outros, agregando mais valor para sua cadeia de suprimentos e maximizando a experiência do cliente.

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